Nos
últimos 10 anos 325.551 pessoas morreram
por armas de fogo no país; No mesmo período, Iraque, Sudão e Afeganistão
registraram 101. 400 mortes
O
conflito armado do Iraque resultou em 76.266 mortos. No Sudão , outro país em
convulsão, os mortos foram 12.719, um pouco a mais do que os 12.417 registrados
no Afeganistão . No mesmo período, os mortos da Colômbia foram 11.833. Contudo,
no Brasil, NESTES 10 ANOS, ocorreram 325.551 mortes por armas de fogo. Esses
são os dados reunidos pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos
(Cebela), que foram divulgados em Brasília (DF).
O
número de homicídios é ainda mais impactante quando comparado com o total de
vítimas fatais registradas em doze países que viveram conflitos armados. Da
República do Congo ao Paquistão, passando pela Somália, por territórios
palestinos e por Israel foram 169.574 mortos. Somente em 2010, foram
assassinadas 36.792 pessoas no Brasil, uma média de cem por dia ou de quatro
por hora. Uma a cada quinze minutos.
Existem
outros aspectos, do mapa da violência no Brasil , que chamam a atenção. Se
antes as mortes violentas estavam concentradas nos dois maiores centros urbanos,
São Paulo e Rio de Janeiro, agora o fenômeno se nacionalizou. Com isso, o
Brasil continua ocupando um lugar de destaque entre os países mais violentos do
mundo, tomando como base a proporção de assassinatos para cada cem mil
habitantes: 20,4 pessoas.
Esse
número coloca o Brasil em oitavo lugar entre as cem nações com estatísticas
consideradas relativamente confiáveis, segundo a instituição. A média de
assassinatos é o dobro daquela que a ONU considera tolerável (dez para cada cem
mil habitantes).
Em
Alagoas , por exemplo, em 2010, trata-se do estado onde mais são assassinados
negros e mulheres . Na capital, Maceió, famosa por suas praias e polo de
atração turística, essa média é de 94,5 para cada cem mil habitantes. Não
apenas é a capital mais violenta do Brasil, mas uma das mais violentas do
mundo.
O
problema é que outras capitais muito turísticas, ocorre fato similar como em
São
Paulo, o mais rico e povoado estado do país, é um dos quatro, entre os 27
estados brasileiros, que ficam abaixo da marca que a ONU considera “tolerável”:
9,3 assassinatos para cada cem mil habitantes. .
O
estudo abrange um período que vai dos dois últimos anos do segundo mandato
presidencial de Fernando Henrique Cardoso até o final dos dois mandatos de Lula
da Silva . O resultado demonstra que apesar dos governos estaduais, ao longo de
todos esses anos, declararem reiteradamente que a segurança pública era tema
prioritário (também os governos nacionais bateram na mesma tecla), os
resultados são claros e preocupantes.
Há
muitas explicações para o fenômeno da violência: o narcotráfico, a grande
quantidade de armas (legais e, principalmente, ilegais) em circulação e a
própria cultura da violência como via para solucionar conflitos pessoais.
Junto
a isso é preciso somar a corrupção policial, a incompetência policial no
momento de investigar os crimes, a absurda morosidade e a corrupção da Justiça
, o estado degradante e degradado do sistema carcer.
A
responsabilidade direta da segurança pública é dos estados, ainda que o governo
nacional também tenha sua própria política sobre o assunto. De qualquer forma,
os resultados observados devem ser atribuídos, principalmente, aos governos
estaduais, que se mostram, na maioria das vezes, incapazes de frear a violência
que cresce e se dispersa na medida em que aumenta e é disseminada a oferta de
trabalho.
Isso tudo faz lembrar um velho ditado
brasileiro: “Se correr, o bicho pega; se ficar, o bicho come”. São assim as
coisas. O país diversifica sua economia, em todas as partes crescem as
possibilidades de trabalho, emprego e renda, e também cresce a possibilidade de
que, diante de uma política ineficaz de segurança pública, você seja atingido
por um tiro.
Revista Época
O 5 de novembro está chegando.
Que possamos
enfim, encontrar ,entre os inúmeros candidatos dos posters em nossas praças , aquele que tenha a consciência
CIVICA e capacidade de cumprir um dos propósitos mais firmados que é a
segurança publica.
Desde que me entendo por gente ouço o mesmo discurso
que até então sem sido pura falácia de palanque.
Ainda tenho
esperança...quero acreditar...quero ver acontecer !