A
família tanto pode:
- Ajudar
o dependente a se recuperar;
- Fazer
com que o indivíduo comesse a fazer o uso de álcool e drogas;
- Fazer
o indivíduo recuperado a ter uma recaída.
É
muito comum o indivíduo experimentar o álcool ou qualquer tipo de droga em
função do relacionamento familiar.
A
falta de atenção e amor dos pais para com o indivíduo, as constantes discussões
entre os pais, a agressão familiar, a falta de compreensão, as regras e normas
impostas (muitas vezes de forma excessiva), o excesso de liberdade, os locais e
pessoas com aos quais os pais se relacionam, o excesso de cobrança de
resultados nos estudos e no trabalho, o excesso de mimo, o uso de álcool e
drogas dos próprios pais, são fatores que normalmente fazem com que haja fuga
do indivíduo para grupos sociais onde a droga e o álcool são as “soluções dos
problemas”.
Muitos
pais dão ao jovem ou adolescente a condição de tomar as suas próprias decisões
e se comportarem da maneira que pensam com relação ás pessoas e a tudo o que o
mundo oferece. Porém se esquecem, que o adolescente ou jovem é imaturo, ainda
não conseguiu formar opinião própria e se deixam facilmente serem influenciados
por opiniões e atitudes de outras pessoas, espelhando-se em indivíduos que
aparentemente são felizes agindo de forma de que tudo pode, tudo convém e nada
lhes é proibido.
Os
pais devem tomar muito cuidado com relação á liberdade atribuída aos filhos,
ela não pode ser demais, porém também não pode ser de menos, A conversa franca,
honesta e muito diálogo, são fundamentais no desenvolvimento dos adolescentes e
jovens. Os pais devem formar as opiniões dos filhos, caso contrario outras
pessoas a formarão, e pode ser que seja um traficante ou usuário de drogas,
ladrão, pedófilo, prostituta, estuprador, desocupado, delinqüente, alcoólatra,
etc.
Hoje
infelizmente dentro de nossas casas é comum ter bebida alcoólica, é comum os
filhos verem os pais se divertindo bebendo em festas, viagens, churrascos,
encontro familiar ou com amigos. A cabeça de uma criança diante dessa situação
associa que o álcool é bom, pois os pais estão sempre alegres e felizes quando
bebem, daí a curiosidade de experimentar e quando vai se dar conta já é um
alcoólatra.
Outros
pais totalmente desinformados têm o habito de levar seus filhos á bares,
acostumando-os desde pequenos ao ambiente do bar, e o que se aprende de pequeno
se põem em prática quando adulto.
Alguns
pais até chegam a molhar o bico da chupeta de crianças em cervejas, aguardente
ou vinhos, em champanhe em festas de fim de ano, despertando desde a infância a
disposição do indivíduo a fazer o uso do álcool.
Muitos
pais quando descobrem que seus filhos estão fazendo o uso de drogas ou bebendo
demais, normalmente condenam os filhos, chegando até a agredi-los verbalmente e
fisicamente, mas se esquecem que tudo isso começou do incentivo que eles ”os
próprios pais” deram á seus filhos durante a sua infância.
É
também comum, jovens iniciarem o uso de álcool e drogas após separações de seus
pais, o jovem não entende a separação, assimila um sentimento de perca, do pai
ou da mãe, se sente solitário, desprotegido, triste, infeliz, angustiado,
depressivo, rejeitado, e assim fica vulnerável, buscando consolo e apoio na
sociedade externa, amigos de escola, trabalho, lazer, porém na sua condição
deplorável não é aceito no grupo de pessoas alegres e felizes, mas é aceito no
grupo dos derrotados, e uma vez no grupo dos derrotados, se torna também um.
No
mundo em que vivemos onde o individualismo prevalece, ás pessoas perderam a
intenção de viver em pró do bem comum, tornando-se egoístas, orgulhosos,
materialistas, amantes do dinheiro e do poder. E é essa a educação que em
muitos casos o jovem/adolescente recebe de seus pais. Nessa educação os valores
da família não são preservados, os valores do bem comum muito menos, a educação
religiosa é esquecida e os jovens/adolescentes se frustram com o ser humano,
pois devido à imaturidade não compreendem os verdadeiros valores da existência.
Os
jovens/adolescentes desde cedo dentro mesmo de sua própria casa percebem que a
paz, a harmonia e o amor não são tão primordiais como o sucesso financeiro e
materialista, ficando assim devido a sua fragilidade expostos a tudo o que o
mundo lhes oferece.
É
importante ressaltar que uma educação religiosa ajuda e muito a compor uma
personalidade positiva para cada indivíduo, pois tudo que é ensinado dentro de
uma igreja é de grande proveito pessoal, familiar e social, pois os verdadeiros
valores de amor, humildade, caridade, perdão e paz são revelados pelos
ensinamentos religiosos.
COMO
A FAMÍLIA PODE AJUDAR A RECUPERAR O DEPENDENTE:
Em
primeiro lugar com amor.
Trazer
o dependente para o âmago da família, se mostrar preocupado com ele, mostrar
que entende que a sua dependência não é por falta de caráter, mas sim que é uma
doença, que não tem cura, porém tem como estacioná-la e controlá-la.
Evitar
brigas e discussões na presença do dependente, tais situações geram emoções e
sentimentos negativos onde o álcool e as drogas se tornam o caminho mais curto
para a fuga de tais emoções.
Não
expor o dependente a situações e lugares onde haja a presença de álcool e
drogas, pois á vontade ou fissura na maioria das vezes se torna incontrolável.
Se
tiver bebidas alcoólicas ou drogas em casa jogá-las fora o mais rápido
possível.
Procurar
nas roupas e objetos pessoais reservas de drogas ou bebidas, que possam levar o
individuo a fazer o uso em sua própria casa.
Nunca
comprar bebidas ou drogas para o dependente. Algumas famílias para manter o
dependente em casa e livrá-lo de ambientes perigosos compra a substância para o
mesmo. Isso é comum acontecer, porém muito, mas muito errado mesmo.
Não
acreditar que a crise de abstinência que o dependente esta tendo é
insuportável, pois não é, ela passa, demora mas passa. Apenas no caso do Álcool
e da Heroína há risco de uma crise muito forte, porém a melhor maneira de
resolver é levando o dependente ao hospital mais próximo, com medicação logo se
controla a crise de abstinência.
Ajudar
o dependente a controlar a sua vida financeira, pois o dinheiro facilmente
induz ao uso, pois se torna bem mais fácil beber e usar drogas com dinheiro na
mão.
Os
assuntos de ordem pessoal que trazem desconforto e constrangimento não devem
serem lembrados á todos os instantes, mas sim a família deve de alguma maneira
procurar resolvê-los com sabedoria.
Caso
o dependente chegue tarde em casa, não adianta deixá-lo para fora, pois, no
momento isso não ajudará em nada, é melhor deixá-lo entrar e no outro dia
quando o mesmo estiver sóbrio conversar com ele, sugerir acompanhamento em
Grupos de Auto - Ajuda, ajuda médica e se necessário for internação.
A
principio nenhum dependente aceita ajuda, pois não admite que perdeu o controle
sobre o uso da substância, ele sempre diz “eu paro a hora que quero”. É
preciso mostrar o quanto ele tem perdido e quanto mais ainda pode perder, e em
alguns casos é necessário que a família ajude a colocar o dependente no fundo
do poço, pois somente assim ele aceitará ajuda.
O
dependente não se apega aos prejuízos materiais e financeiros, mas se apega
demasiadamente ás pessoas que o cercam e mostram o seu amor por ele, mesmo que
ele não demonstre, para o dependente perder a esposa, filhos, os pais, etc., é
muito doloroso, em muitos casos essas percas influenciam o dependente a buscar
ajuda e recuperação.
Importante
saber que o dependente também não se preocupa muito com a sua saúde, tanto é
que não tá nem ai para ela. Argumentar sobre a saúde não ajuda muito o
dependente, mas argumentar sobre as percas familiares sim.
Tentar
afastar os maus amigos e os amigos influentes (no negativo) do dependente ajuda
muito, aproximar os amigos e familiares mais íntimos que não bebem nem usam
drogas também é ponto muito favorável.
Cuidado
com a auto – piedade do dependente, isso é normal, se colocar na condição de
coitado, para alcançar mais atenção dos familiares, porém não aprove esse
comportamento, pois ele não é favorável á recuperação.
Informar-se
se ele tem contato direto com álcool e drogas na escola ou no trabalho, se
tiver induza-o a mudar de escola e se preciso for sair do trabalho também, pois é melhor ficar desempregado sóbrio do que
empregado e usando drogas, pois mais hora, menos hora, também perderá o
emprego.
Através
de conversa descobrir a intensidade da relação afetiva que o dependente tem com
a droga ou o álcool, ele precisa perder ou diminuir essa relação, mostrar ao
dependente que para viver bem e ser feliz não é necessário usar drogas ou
beber.
Alguns
dependentes acham que não conseguirão deixar o uso, cabe também à família
provar o contrário, através de incentivos á recuperação acompanhando o
dependente nos grupos de auto-ajuda, médicos e se caso houve internação
acompanhar o tratamento o melhor possível.
É
muito difícil o dependente se recuperar sem a ajuda dos familiares, pois a
dependência nas maiorias das vezes esta relacionada á família, todo familiar de
dependente também deve fazer acompanhamentos em grupos de auto-ajuda, para
adquirir conhecimento de como se relacionar com um dependente e como não
prejudicar o mesmo em sua recuperação.
A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA EM GRUPOS DE AUTO-AJUDA
Ajuda
e muito na recuperação dos dependentes a participação em grupos de auto-ajuda,
tanto para o que quer se recuperar como para aquele que já esta na sobriedade e
quer mantê-la.
Sem
a participação em grupo de apoio, o dependente á medida que o tempo passa,
começa a perder o vínculo com a sua recuperação, sem compartilhar com demais
dependentes vendo e ouvindo as dificuldades de cada um, começa então a se achar
forte o suficiente para se manter sóbrio e começa a se desviar dos propósitos
de recuperação, fazendo coisas que pessoas na sobriedade não podem fazer.
Essa
acomodação acaba por deixar tempos livres que normalmente são preenchidos por
um vazio que depois é completado com atitudes erradas que futuramente levam ao
uso de álcool e drogas.
O
número de recaídas de dependentes que passam por internação e não dão continuidade
em grupos de apoio infelizmente é muito grande, ao contrario daqueles que saem
da internação e dão continuidade em seu tratamento no grupo de apoio, assim
normalmente permanecem sóbrios.
Outro
dado importante com relação a grupos de apoio é o da família que não acompanha
o dependente no mesmo grupo. O índice de dependentes que sofrem recaídas após
deixarem o tratamento ou internação e que a família não participa do grupo é
assustador.
O
familiar além de não participar do processo de recuperação do dependente também
acaba não tendo conhecimento de como se portar e ajudar o dependente em sua
recuperação, fazendo muitas vezes coisas que acabam por levarem o dependente a
uma recaída.
A
participação do dependente no grupo de apoio serve como termômetro para medir a
sua determinação e busca pela sobriedade.
Da
mesma forma também sabemos o interesse da família em ajudar o dependente no seu
processo de recuperação.
AJUDA
E MUITO NA RECUPERAÇÃO DOS DEPENDENTES A PARTICIPAÇÃO EM GRUPOS DE AUTO– AJUDA,
TANTO PARA O QUE QUER SE RECUPERAR COMO PARA AQUELE QUE JÁ ESTA NA SOBRIEDADE E
QUER MANTÊ-LA.
SEM
A PARTICIPAÇÃO EM GRUPO DE APOIO, O DEPENDENTE Á MEDIDA QUE O TEMPO PASSA,
COMEÇA A PERDER O VÍNCULO COM A SUA RECUPERAÇÃO, SEM COMPARTILHAR COM DEMAIS
DEPENDENTES VENDO E OUVINDO AS DIFICULDADES DE CADA UM, COMEÇA ENTÃO A SE ACHAR
FORTE O SUFICIENTE PARA SE MANTER SÓBRIO E COMEÇA A SE DESVIAR DOS PROPÓSITOS
DE RECUPERAÇÃO, FAZENDO COISAS QUE PESSOAS NA SOBRIEDADE NÃO PODEM FAZER.
ESSA
ACOMODAÇÃO ACABA POR DEIXAR TEMPOS LIVRES QUE NORMALMENTE SÃO PREENCHIDOS POR
UM VAZIO QUE DEPOIS É COMPLETADO COM ATITUDES ERRADAS QUE FUTURAMENTE LEVAM AO
USO DE ÁLCOOL E DROGAS.
O
NÚMERO DE RECAÍDAS DE DEPENDENTES QUE PASSAM POR INTERNAÇÃO E NÃO DÃO CONTINUIDADE
EM GRUPOS DE APOIO INFELISMENTE É MUITO GRANDE, AO CONTRARIO DAQUELES QUE SAEM
DA INTERNAÇÃO E DÃO CONTINUIDADE EM SEU TRATAMENTO NO GRUPO DE APOIO, ASSIM
NORMALMENTE PERMANEÇEM SÓBRIOS.
OUTRO
DADO IMPORTANTE COM RELAÇÃO A GRUPOS DE APOIO, É O DA FAMÍLIA QUE NÃO ACOMPANHA
O DEPENDENTE NO MESMO GRUPO. O INDÍCE DE DEPENDENTES QUE SOFREM RECAÍDAS APÓS
DEIXAREM O TRATAMENTO OU INTERNAÇÃO E QUE A FAMÍLIA NÃO PARTICIPA DO GRUPO É
ASSUSTADOR.
O
FAMILIAR ALÉM DE NÃO PARTICIPAR DO PROCESSO DE RECUPERAÇÃO DO DEPENDENTE TAMBÉM
ACABA NÃO TENDO CONHECIMENTO DE COMO SE PORTAR E AJUDAR O DEPENDENTE EM SUA
RECUPERAÇÃO, FAZENDO MUITAS VEZES COISAS QUE ACABAM POR LEVAREM O DEPENDENTE A
UMA RECAÍDA.
A
PARTICIPAÇÃO DO DEPENDENTE NO GRUPO DE APOIO SERVE COMO TERMOMETRO PARA MEDIR A
SUA DETERMINAÇÃO E BUSCA PELA SOBRIEDADE.
DA
MESMA FORMA TAMBÉM SABEMOS O INTERESSE DA FAMÍLIA EM AJUDAR O DEPENDENTE NO SEU
PROCESSO DE RECUPERAÇÃO.
Extraído do Site- http://www.alcooledrogas.com/index.php?pagina=1925574603