sexta-feira, 15 de agosto de 2014

A FAMÍLIA E O CONTEXTO DE USO E ABUSO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS.



Olá, meus amigos,







A FAMÍLIA E O CONTEXTO DE USO E ABUSO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS.

       O impacto que a família sofre com o uso problemático de álcool e outras drogas por um de seus membros é correspondente às reações que vão ocorrendo com o sujeito que as utiliza. Podemos resumir esse impacto em quatro estágios pelos quais a família progressivamente passa sob a influência das drogas e do álcool

1.      Na primeira etapa, é preponderantemente o mecanismo de negação. Ocorre tensão e desentendimento, e as pessoas deixam de falar sobre o que realmente pensam e sentem.

2.      Em um segundo momento, a família demonstra muita preocupação com essa questão, tentando controlar o uso da substancia, bem como as suas consequências físicas, emocionais, no campo do trabalho e no convívio social. Mentiras e cumplicidade relativas ao uso problemático de álcool e outras drogas instauram clima de segredo familiar. A regra é não falar do assunto, mantendo a ilusão de que as drogas e o álcool não estão causando problemas na família.

3.      Na terceira fase, a desorganização da família começa a ocorrer. Seus membros assumem papéis rígidos e previsíveis. As famílias assumem responsabilidades de atos que não são seus. Assim, o usuário problemático  perde a oportunidade , muitas vezes, de perceber as consequências do abuso do álcool e de outras drogas. É comum uma inversão de papéis e funções; por exemplo, a esposa que passa a assumir todas as responsabilidades da casa em decorrência o alcoolismo do marido, ou a filha mais velha passa a cuidar dos irmãos em consequência do uso de álcool e outras drogas por parte da mãe.

4.      O quarto estágio é caracterizado pela exaustão emocional, podendo surgir graves distúrbios de comportamento e de saúde em vários de seus membros. A situação fica insustentável, levando em ao afastamento dos membros e gerando rupturas familiares.
Dados esse processos é fundamental que as famílias sejam incluídas em programas de prevenção e de tratamento e incentivadas em seu protagonismo.  
    
Extraído do material do curso de extensão da Universidade Federal de Santa Catarina